O setor industrial, ao longo dos últimos anos, vem sofrendo perdas frequentes de faturamento, em função da falta de diversificação de canais de venda. Grande parte da indústria está acostumada a comercializar seus produtos de forma indireta, o que acaba restringindo bastante sua capacidade de venda.
Porém, em função de mudanças nos hábitos de consumo da maioria das pessoas, a indústria está sendo obrigada a investir nas vendas diretas, e o melhor caminho para isso é a comercialização de produtos online, através do D2C (direct-to-consumer).
As vendas online já representam mais do que 10% do faturamento de 40% das indústrias do Brasil e o crescimento do D2C no país já supera 40% ao ano. Algumas marcas chegam a ter, nos canais digitais, 20% do total de suas vendas.
Trata-se de uma venda incremental, já que os novos consumidores que estão entrando no comércio online tendem a comprar parte dos produtos nas lojas, parte diretamente nos sites das indústrias. Um dos motivos dessa prática é o fato de que o varejo comercializa, em média, apenas 30% do portfólio das indústrias, normalmente aqueles itens que representam em torno de 70% das vendas.
Ao partir para as vendas online, o fabricante melhora a experiência do consumidor final com toda a sua linha de produtos e, muitas vezes, utiliza esse canal para testar lançamentos e acompanhar, online, indicadores de performance e de satisfação do cliente com seus produtos e serviços. O setor industrial já é responsável por 10% das vendas online, isso tratando apenas das vendas diretas da indústria para consumidor final.
A venda direta também permite, à indústria, conhecer melhor o consumidor por meio dos dados acumulados, o que leva a um melhor planejamento da produção, além de outros benefícios.
Ao eliminar os intermediários, a indústria tem um controle maior da marca. Por outro lado, é obrigada a criar estratégias online mais amplas, compete com gigantes do varejo e tenta lidar melhor com a experiência do cliente.
A proximidade com o cliente pode abrir várias oportunidades para o fabricante, mas é preciso saber aproveitar esse contato direto. Antes de aderir a esse modelo de negócio, a empresa precisa verificar se está totalmente preparada para assumir a nova operação. É preciso capacitar os funcionários e entender melhor esse canal de venda, para torna-lo um modelo sustentável e lucrativo.
Ao optar por esse modelo de negócio, a empresa deve começar com cautela, realizando estudos prévios, que visam conhecer melhor o mercado que está prestes a entrar. Uma das primeiras atitudes a serem tomadas é o estudo do contexto comercial. Analisar os preços ideais, o atendimento aos novos clientes, novos moldes de tributação e saber como lidar com a complexidade de trabalhar com milhares ou até milhões de clientes, devem ser as principais preocupações no início desse processo.
Outra questão a ser levada em consideração é saber lidar com a otimização logística, como a administração de centros de distribuição e os modelos novadores de entrega de produtos como Pickup Store, Same Day Delivery e Lockers.
Também é necessário avisar os parceiros de negócios sobre a nova estratégia D2C a ser adotada. Deve-se procurar uma forma para que todos tenham sucesso, seja com produtos diferentes, uma nova marca ou condições diferenciadas. A venda D2C pode trazer diversas vantagens para a indústria, mas também traz inúmeros desafios. Veja um exemplo:
No mundo online as empresas devem disputar a atenção do usuário, ao invés de brigar por espaço publicitário ou pelo melhor ponto físico de venda. Elas também precisarão apresentar conteúdos de maior relevância em seus sites, para atrair mais clientes e melhorar seu posicionamento mercadológico. Por esses motivos, a melhor utilização do marketing deverá ser o foco das indústrias. Afinal, tratando-se de internet, o nível de concorrência será cada vez mais elevado e destacar-se no marketing de conteúdo será um grande diferencial para as empresas que quiserem vender online.
Dominar ferramentas e estratégias de vendas também serão grandes desafios, já que essa prática não é rotineira na indústria, que, habitualmente, comercializa produtos para empresas intermediárias. Porém, em contrapartida ao aumento da competitividade, existem ganhos significativos para as indústrias dentro do D2C, veja os principais, no próximo tópico.
Vantagens da venda D2C para indústrias
Maior alcance – A indústria pode chegar a locais que os vendedores não alcançam, seja em razão da grande concorrência ou de limitações geográficas.
Margem de lucro – A margem de lucro é maior quando não é preciso pagar intermediários. Isso também permite conceder um preço mais vantajoso ao consumidor, o famoso “produto a preço de fábrica”.
Mais produtos – O fabricante pode disponibilizar sua linha completa de produtos no D2C. Geralmente, os canais indiretos não vendem todos os itens e suas versões.
Segurança e credibilidade – Se a venda é feita por um e-commerce operado pelo fabricante, por exemplo, sua marca oferece mais segurança e credibilidade ao cliente final. O mesmo pode ocorrer se a opção do canal de venda direta for o marketplace.
Relacionamentos – Vender online para o cliente final é a oportunidade de criar um relacionamento mais próximo com seu público consumidor, o que pode facilitar o aumento das vendas.
Por fim, a indústria que quer ter sucesso nas vendas D2C precisa colocar a satisfação do cliente como objetivo principal de sua estratégia. As inovações da transformação digital têm papel importante nesse sentido, pois otimizam o conhecimento da persona.
Estabelecer parcerias de sucesso com empresas de tecnologia digital deve ser a grande aposta da indústria para atuar na venda direta com o cliente final. Empresas que oferecem soluções tecnológicas para facilitar a entrada das indústrias no mercado de vendas online, como a SmartPlace podem auxiliar bastante o mercado D2C. Caso tenha interesse em saber o que a SmartPlace pode oferecer para sua empresa, clique aqui.
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